terça-feira, 11 de setembro de 2012

Veja quais são as marcas mais admiradas pela classe C


Na última semana, o Instituto Data Popular divulgou os resultados de sua pesquisa "Marcas do Coração da Nova Classe Média Brasileira". O levantamento foi realizado - a pedido da revista Consumidor Moderno em - 153 cidades de todos os estados brasileiros.
Um dos dados mais marcantes da pesquisa é que quase a metade dos 22 mil consumidores entrevistados - 46% - afirmou que nenhuma marca conquistou seu coração. Já os que disseram ter preferência de marca, apontaram como marcas do coração, em 17 categorias, Nestlé, Fiat, Skol, Coca Cola, Dove, Hering, Veja (produto de limpeza), Nike, Natura, Samsung, HP, Banco do Brasil, Visa, TAM, TIM, C&A e Casas Bahia.
As três primeiras marcas no ranking geral são Nestlé (4,1%), Samsung (3,9%), Adidas e Nike (3,7%). Conforme a preferência por gênero, os destaques ficam com Adidas (5,8%), Nike (5,1%) e Samsung (4,9%), segundo o público masculino ouvido; Nestlé (6,3%), O Boticário (4,2%) e Hering (3,1%), de acordo com as mulheres ouvidas. Os consumidores jovens elegeram Nike (5,2%), Samsung (3,6%) e Apple (3,2%). Os maduros apontaram Nestlé (4,9%), Sony (4,2%) e Samsung (3,8%).
A divisão por categorias avaliadas foi a seguinte: automóvel, alimentos, bebidas alcoólicas, bebidas não alcoólicas, higiene pessoal, material de limpeza, roupas, calçados cosméticos, eletroeletrônicos, informática, Banco, cartão de crédito, companhia aérea, operadora de telefonia móvel, varejo de moda e varejo de eletrônicos.
O levantamento inédito no País foi realizado no segundo trimestre deste ano e mostra ainda que 79% dos consumidores da Classe C afirmam confiar mais na indicação de uma marca feita por amigos ou parentes do que na propaganda da TV. Consideram importante a recomendação para marcas de eletrônicos (72,6%), automóveis (69,9%), alimentos (69%), eletrodomésticos (67,3%), promoções em geral (66%), celulares (61,6%), restaurantes (59,4%), produtos de beleza (56,1%), lojas (54,2%), e roupas (53%).
Além disso, 65% dos adultos emergentes afirma fazer propaganda boca-a-boca contra 19% na elite. Do público entrevistado, 84% são fiéis a marcas e 16% são infiéis.
"A cada dia mais empresas se conscientizam de que é preciso conquistar os consumidores da nova classe média brasileira. No entanto, mais do que serem lembradas, o desafio das marcas é estar presente no coração desse público. Diferente de outras pesquisas que vinham sendo divulgadas, vimos que boa parte dos consumidores da Classe C não tem preferência de marcas. Ou seja, há uma profunda desconexão das estratégias de comunicação e construção de marca no que se refere à conquista de um bloco de consumidores que representa um consumo da ordem de R$ 1,2 trilhão. Um gigantesco potencial explorado de maneira errática.", afirma Roberto Meir, especialista internacional em relações de consumo e publisher da revista Consumidor Moderno.
Os detalhes da pesquisa, inclusive com a distribuição de vencedores por categoria pesquisada, região, idade entre outros desdobramentos, serão conhecidos na edição da revista Consumidor Moderno a partir do próximo dia 25.

Nova classe média

Segundo o Data Popular, em 2004 a Classe C representava 181 milhões de pessoas, 42,4% da população brasileira. Em 2011, subiu para 193 milhões ou 53,9% dos habitantes. Em 2014, a previsão é de que a nova classe média seja composta por 197 milhões de brasileiros, uma fatia de 58,3%.
As famílias da nova classe média brasileira gastaram, só no ano passado, R$ 1,03 trilhão. Com a ampliação de 228,3% nos gastos com produtos e serviços, esse público se tornou protagonista no consumo no País (44,3%).
Em relação ao passado, a Classe C tem dado hoje mais importância a marcas de alimentos (54%), computadores (47%), automóveis (45%), eletrônicos (41%), celulares (39%), eletrodomésticos (38%), produtos de beleza (36%), roupas (32%), sapatos (37%).
"O carrinho de compras da nova classe média está cheio de novos produtos. Se olharmos a evolução das diferentes categorias de itens nos últimos 10 anos observamos que dobrou a diversidade de produtos adquiridos pelas classes D/E, mas o comportamento da classe C também não ficou longe disso. Isso significa que este consumidor está mais diversificado, com um comportamento que o coloca rapidamente em condições de paridade de exigência com as classes A e B, porém, em contingente maior. Os reflexos desse fenômeno no relacionamento entre empresas e clientes são dramáticos. Multicanalidade, diálogo, serviço, informação, justo valor, desapego às marcas ou busca de identidade com marcas que efetivamente representem benefícios de auto-expressão são algumas das variáveis que impactam decisivamente no negócio das empresas mais diversas, líderes ou não de seus segmentos".

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