A cada 16 segundos um consumidor brasileiro é vítima de tentativa da fraude conhecida como roubo de identidade, em que criminosos usam dados pessoais de vítimas para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou realizar um negócio sob falsidade ideológica. Segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude, de janeiro a junho deste ano foram registradas 989.678 de tentativas de fraudes como essa no país. O número é o maior já registrado desde 2010, ano em que a Serasa Experian iniciou a medição. Em igual período de 2011, foram registradas 963.631 tentativas de fraudes. No primeiro semestre de 2010, foram contabilizadas 886.920 tentativas de golpes, o que equivale a uma tentativa a cada 17,7 segundos.
"Os golpistas costumam abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedem cartões de crédito, fazem empréstimos bancários em nome de outras pessoas. Normalmente eles usam os cartões e cheques em pacotes turísticos, salões de beleza, restaurantes, entre outros", alerta o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
O segmento que apresentou o maior número de tentativas de fraude de janeiro a junho de 2012 foi o setor de serviços, composto por seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços gerais (empresas que vendem pacotes turísticos, salões de beleza, entre outras), com 37% do total, seguido por telefonia (30%), bancos e financeiras (19%), varejo (12%) e outros (2%). Em igual período de 2011, o setor de serviços também liderou as tentativas de fraudes com 33%. Na sequencia vieram bancos e financeiras (28%), telefonia (25%), varejo (12%), e outros (2%). Em 2010, serviços liderou com 30%, seguindo por bancos e financeiras (29%).
Imagem: Thinkstock |
As principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian:
No setor de serviços:
- Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta " para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
- Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular, etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
No setor de telefonia
- Golpe: compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
No setor bancos e financeiras
- Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima, neste caso toda a "cadeia" de produtos oferecidos (cartões, cheques) potencializam possível prejuízo às vítimas aos bancos e ao comércio.
No setor varejo
- Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima. Poderá ainda fazer "lavagem" de dinheiro, normalmente pagando as prestações em dinheiro e depois vendendo o veículo e "esquentando" o dinheiro.
"Quase todo dia apresentamos um de nossos documentos, como carteira de identidade ou CPF, para pessoas que não conhecemos. Podem ser mostrados para funcionários de lojas ou até porteiros de prédios e condomínios. Além disso, fazemos vários cadastros pela internet. É difícil ter controle sobre quem tem acesso aos nossos dados, mas existem formas infalíveis de evitar que nossas informações sejam usadas por criminosos. Nunca deixe o documento na mão de um desconhecido sem que você esteja por perto. Hoje, é possível falsificar um documento de identidade, um CPF, uma conta que representaria a sua confirmação de telefone, uma conta de luz, água", diz Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.
"No fim de ano a procura por crédito aumenta em 10%. E certamente as fraudes acabaram se elevando, tendo essa mesma tendência", diz o presidente da Serasa Experian.
As tentativas de fraudes este ano foram alertas que a Serasa Experian identificou e informou aos seus clientes durante as realizações de consultas feitas à base de dados da companhia.
A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas por dia, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio: prospecção, desde a prospecção até a recuperação.
Segundo o indicador, se as tentativas de fraude nos seis primeiros meses de 2012 tivessem sido realizadas, o prejuízo total estimado seria de R$ 3,6 bilhões no período.
O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude é semestral e reflete o resultado do cruzamento de três conjuntos de informações: total de consultas mensais a CPFs, estimativa de risco de fraude e valor médio das que ocorreram (ler mais na página 02).
Pesquisas da Serasa Experian apontam que estão mais suscetíveis às fraudes os consumidores que tiveram seus documentos roubados. Com apenas uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a probabilidade de ser vítima de uma fraude.
Precaução
A pesquisa revela a importância de o consumidor adotar cuidados simples em seu dia a dia, como:
Não fornecer seus dados pessoais para pessoas estranhas;
Não fornecer ou confirmar suas informações pessoais ou número de documentos pelo por telefone, cuidado com promoções ou pesquisas;
Não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios;
Não informar os números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas;
Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança; cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou promoções.
Fique atento às dicas de segurança da página, por exemplo, como a presença do cadeado de segurança.
Cuidado com dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passar por você, usando informações pessoais, como por exemplo, signo, modelo de carro, time que torce, nome do cachorro, etc
;Manter atualizado o antivírus do seu computador, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados por arquivos espiões;
Quando for vítima de roubo, perda ou extravio de documentos, a primeira medida é cadastrar a ocorrência gratuitamente na base de dados da Serasa Experian, no linkwww.serasaconsumidor.com.br. Esta informação estará disponível na mesma hora para o mercado. Depois, o consumidor deve fazer um boletim de ocorrência. Assim, sempre que ele for consultado, o concedente de crédito saberá que se trata de um documento roubado e terá mais cuidado ao fechar um negócio.
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