Na região metropolitana de Curitiba, uma indústria produz uma máquina para fazer casquinha de sorvete. O equipamento é feito em aço inoxidável, fácil de usar e custa menos de R$ 800 reais.
Embaixo do sorvete existe um produto tão lucrativo quanto. É a casquinha. Feita de farinha de trigo, ela tem margem de lucro de mais de 100%, e muita procura.
Em Pinhais, no Paraná, o empresário Sigmar Nehring desenvolveu uma máquina de fazer casquinha de sorvete. O equipamento é basicamente uma chapa. É só colocar a massa, pressionar, assar, retirar e moldar. “A gente fez uma máquina, elaborou todo o projeto, fizemos alguns moldes, que foram poucos, e dessa uma máquina a gente fez três, aí cinco, dez, e assim foi crescendo gradativamente”, afirma o empresário.
A máquina custa R$ 730. É feita em aço inox e funciona com energia elétrica. A empresa, que vende 60 máquinas como essa por mês, fabrica outros equipamentos em geral. O faturamento é de cerca de R$ 3 milhões por ano. E do Paraná, o empresário hoje atende o Brasil inteiro.
Os irmãos Ronilson e Ricardo de Azevedo são clientes do empresário Sigmar Nehring. E compraram duas máquinas de fazer casquinha de sorvete. Os irmãos trabalham em casa, em São Roque, interior de São Paulo.
“É um investimento baixo, ela é prática de usar e eu não corro risco também pelo valor dela não ser tão alto. A rentabilidade dela é maior também e eu tenho uma margem maior”, diz Ronilson de Azevedo.
Os empresários tinham uma certeza: queriam se destacar no mercado. Antes de produzir, eles pesquisaram a concorrência. Experimentaram, e identificaram um defeito comum ao produto, a consistência.
Ronilson e Eicardo viram aí a chance de oferecer um diferencial. E transformaram a cozinha de casa num laboratório de testes. Puseram mais farinha na massa, diminuíram o óleo e a água.
Ricardo opera dois equipamentos ao mesmo tempo e faz 50 unidades, por hora, com as duas máquinas. Os empresários fazem as entregas no próprio carro. Ronilson cuida da parte comercial.
Para vender, o empresário fez o mais simples: levou amostras grátis para o comércio da região e confiou na seguinte estratégia: Quem provasse, tinha boas chances de comprar o produto. Foi o que aconteceu com Vila Santos, dona de uma lanchonete.
Ela trocou de fornecedor de casquinha, com as novas, as vendas saltaram de 300 sorvetes por mês, para mais de 500. “Melhorou em tudo, porque além deles vierem comprar o sorvete, compram a casquinha sem o sorvete, depois eles bebem um suco, tomam uma água, compram um pastel, e eu saio no lucro”, diz.
Hoje, eles fornecem para 20 lanchonetes e sorveterias da região. Cada casquinha custa para a fábrica R$ 0,10, e é vendida por R$ 0,25. Em seis meses, as vendas da fábrica subiram de 800 para 8 mil unidades por mês. E um produto de centavos gera hoje para a empresa um faturamento de R$ 2.160 por mês. “As expectativas são de desenvolver mais clientes, ampliar produção e comprar mais máquinas. Nós pretendemos chegar em 10 máquinas este ano (...). Temos, temos pedidos para isso, e a tendência é aumentar cada vez mais”.
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