sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Confiança do consumidor cresce em meio à crise, informa CNI

A confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo, informou nesta sexta-feira (28) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste mês, o indicador de confiança avançou 0,5 ponto na comparação com setembro, atingindo 112,9 pontos - o maior patamar desde julho (113,2 pontos).

Os dados do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) foram coletados por meio de pesquisa encomendada ao Ibope, realizada entre os dias 13 a 17 de outubro com 2.002 pessoas em 141 municípios.

"O brasileiro parece não estar preocupado com o agravamento da crise econômica internacional. Com leve alta de 0,5% na comparação com setembro, a confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo", informou a CNI.

Trajetória
De acordo com a pesquisa, mesmo com o crescimento moderado nos últimos dois meses – em setembro, frente a agosto, o aumento no índice foi de 0,4 ponto - o INEC permanece abaixo do registrado em julho último e no início do ano.

“Apesar da evolução recente, não se pode afirmar que a confiança do consumidor está retomando trajetória de crescimento”, diz o documento da Confederação.

O economista da CNI, Marcelo Azevedo, disse que, mesmo com a melhora do INEC, a expectativa do brasileiro sobre o índice de inflação, que caiu 1,9% de setembro para outubro, mostra que os consumidores continuam bastante pessimistas sobre a trajetória dos preços.

“Esse indicador está 23,3% abaixo do registrado em outubro de 2010, o que mostra uma preocupação muito grande dos brasileiros com a inflação”, afirmou Azevedo.

Componentes
Dos seis componentes do INEC, segundo a CNI, três registraram melhora sobre setembro: expectativas de desemprego (mais 2,6%), avaliação de situação financeira (2,2% acima) e endividamento (mais 2,6%).

"O comportamento desses três índices demonstra que os consumidores estão confiantes na oferta de vagas no mercado de trabalho e que a maioria deles melhorou ou manteve a mesma situação financeira e reduziu ou permaneceu com o mesmo nível de endividamento", informou a entidade.

As expectativas sobre a renda pessoal, contudo, recuaram 1,5% em outubro na comparação com setembro, mostrando que os brasileiros estão menos otimistas com o aumento dos salários.

Depois de um crescimento de 2,1%, em setembro ante agosto, o indicador de compras de bens de maior valor caiu 0,8% neste mês frente ao anterior.

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