quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Com crise, mercado aposta em novo corte de juros hoje

Copom deve cortar juros novamente nesta quarta-feira, apostam analistas. A expectativa maior é de corte de 0,5 ponto percentual, para 11,5% ao ano. Desaceleração econômica permite redução dos juros.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado formado pelos diretores e presidente da autoridade monetária, se reúne nesta quarta-feira e deve anunciar, no fim do dia, uma nova redução na taxa básica de juros da economia brasileira, segundo economistas do mercado financeiro.

Atualmente em 12% ao ano, a estimativa da maior parte dos economistas dos bancos é de uma redução de 0,5 ponto percentual nos juros, para 11,50% ao ano. Se confirmado, será o segundo corte consecutivo na taxa básica da economia, que já havia recuado no fim de agosto deste ano.

Selic 12% - agosto 2011 (Foto: Editoria de Arte/G1)














Em 11,50% ao ano, os juros retornariam ao menor patamar desde o começo deste ano, quando foram fixados, em janeiro, em 11,25% ao ano. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é de uma nova redução da taxa de juros em dezembro deste ano, para 11% ao ano.

Sinalizações do BCA aposta do mercado financeiro de um novo corte de juros nesta quarta-feira tem por base sinais emitidos pelo próprio Banco Central. Embora a taxa seja definida somente no segundo dia de reunião do Copom, que acontece hoje, a autoridade monetária já dava indicações claras de que voltaria a baixar os juros por conta da crise financeira internacional - que contribui para uma desaceleração mais forte da economia brasileira.

Após baixar os juros para 12% ao ano em agosto, o BC informou, na ata daquela reunião, que"ajustes moderados" na taxa de juros seriam "consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012". O mesmo recado foi repetido no relatório de inflação, no fim de setembro, e mais recentemente pelo presidente da instituição, Alexandre Tombini.Metas de inflaçãoPelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. 

Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano.Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.

Recentemente, o BC informou, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, que prevê um IPCA de 6,4% para este ano, com 45% de chance de "estourar" o teto de 6,50% do sistema de metas, e uma inflação de cerca de 5% para o próximo ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário